Com o boom da tecnologia, convivemos hoje com
o mais novo tipo de jornalismo, o colaborativo. O jornalista deixa de ser o
autor principal da reportagem para dar espaço a pessoas comuns, que estão no
lugar certo, na hora certa e divulgam algum acontecimento por escolha própria e
sem receber nada em troca. Mas até onde isso pode ir? Receber informação de
pessoas desconhecidas deve ser levado a sério? São perguntas que geram muito
controvérsia ainda.
Esse novo tipo de
jornalismo é interessante se levarmos em conta o fato do furo da notícia. Pois,
em alguns momentos um cidadão comum pode presenciar situações importantes de
maneira tão veloz que uma equipe de reportagem não conseguiria chegar a tempo
para divulgá-la em tempo real. Como exemplo desse fato, informações e fotos,
tiradas no meio das enchentes em várias cidades do Espírito Santo, e enviadas
para a equipe de reportagem no A Gazeta, jornal online de Vitória.
Cidadão no lugar certo, na hora certa |
Por outro lado será
que esses novos divulgadores de notícias não estão tomando o lugar de
jornalistas que se preparam durante a vida para fazer uma matéria?
Segundo o site
Observatório da Imprensa, a rede de canais CNN, em novembro do ano passado
despediu 50 jornalistas e direcionou os trabalhos deles para o iReport, que nada mais é que a extensão
cidadã da emissora, tendo como base uma rede social de notícias, com cidadãos
responsáveis pela divulgação de informações, e pelo que se sabe, que são muito
bem preparados para realizar serviços como os dos profissionais da imprensa.
Outro fator que não
se pode esquecer é, até quando esses ‘’jornalistas cidadãos’’ aceitarão
participar do processo de divulgação de notícias sem receber qualquer benefício
ou dinheiro em troca? Além da gratificação ao ego, que por assim dizer, os
tornaria mais confiantes para pensarem que são realmente jornalistas de
verdade.
Post: Suelyn Magalhães
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