quinta-feira, 17 de maio de 2012

Um Novo Tipo de Jornalismo?


       Com o boom da tecnologia, convivemos hoje com o mais novo tipo de jornalismo, o colaborativo. O jornalista deixa de ser o autor principal da reportagem para dar espaço a pessoas comuns, que estão no lugar certo, na hora certa e divulgam algum acontecimento por escolha própria e sem receber nada em troca. Mas até onde isso pode ir? Receber informação de pessoas desconhecidas deve ser levado a sério? São perguntas que geram muito controvérsia ainda.

       Esse novo tipo de jornalismo é interessante se levarmos em conta o fato do furo da notícia. Pois, em alguns momentos um cidadão comum pode presenciar situações importantes de maneira tão veloz que uma equipe de reportagem não conseguiria chegar a tempo para divulgá-la em tempo real. Como exemplo desse fato, informações e fotos, tiradas no meio das enchentes em várias cidades do Espírito Santo, e enviadas para a equipe de reportagem no A Gazeta, jornal online de Vitória.

Cidadão no lugar certo, na hora certa
         
        Por outro lado será que esses novos divulgadores de notícias não estão tomando o lugar de jornalistas que se preparam durante a vida para fazer uma matéria?

        Segundo o site Observatório da Imprensa, a rede de canais CNN, em novembro do ano passado despediu 50 jornalistas e direcionou os trabalhos deles para o iReport, que nada mais é que a extensão cidadã da emissora, tendo como base uma rede social de notícias, com cidadãos responsáveis pela divulgação de informações, e pelo que se sabe, que são muito bem preparados para realizar serviços como os dos profissionais da imprensa.

     Outro fator que não se pode esquecer é, até quando esses ‘’jornalistas cidadãos’’ aceitarão participar do processo de divulgação de notícias sem receber qualquer benefício ou dinheiro em troca? Além da gratificação ao ego, que por assim dizer, os tornaria mais confiantes para pensarem que são realmente jornalistas de verdade.

Post: Suelyn Magalhães

Democratizar a Informação é a Tendência do Jornalismo


           O Jornalismo Colaborativo é uma espécie de jornalismo que conta com a colaboração de pessoas comuns, ou seja, pessoas que não são profissionais da área jornalística podem ajudar na elaboração de uma matéria. É uma colaboração importante quando as mesmas participam com matérias atuais, interessantes e até mesmo com matérias que podem representar algum “furo” excepcional.

Jornalismo cidadão ativo na manifestação da Síria

Porém, é preciso ter cuidado quando falamos deste tipo de jornalismo. Sem dúvida, é importante termos a participação da sociedade nas notícias, já que através disso conseguimos observar o seu interesse, os assuntos que mais chamam a atenção e o que podemos explorar através deles. O fato é que estas pessoas não são especializadas no ato de “fazer jornalismo” e, toda a sua contribuição representa um símbolo de democracia e colaboração. Nada mais do que isso.

Nada mais do que isso porque não devemos confundir o ato de colaborar com o ato de se fazer jornalismo. É óbvio que muitas vezes “furos” jornalísticos aparecem graças a esta prática e, as pessoas se sentem importantes com o ato de poder “contribuir”. Todavia, o trabalho de apurar, elaborar e projetar a matéria deve ficar por conta do profissional, ou seja, por conta do jornalista de profissão. Isto porque mesmo se tratando de algo colaborativo, envolve os preceitos básicos do jornalismo: credibilidade, checagem, apuração e imparcialidade.

      Se assim acontecer, o jornalismo só tem a ganhar com esta colaboração “social”. Indubitavelmente, esta é a tendência da era atual: as pessoas querem participar, opinar e expor seus interesses. E aí está uma grande chance de democratizar a informação. Democratizar de forma positiva e fazer com que a sociedade seja mais presente, mais participativa e antenada nos acontecimentos. Basta fazer do jornalismo colaborativo um aliado à era comunicacional que estamos enfrentando nos dias atuais. 

Post: Talita Salles

Jornalismo Colaborativo: Sim ou Não?


       O jornalismo colaborativo é um tanto quanto difícil de definir em sua função prática. Claro que é relevante quando quem está do outro lado participa em um momento onde a mídia ainda não chegou e dá o furo. Isso gera um ponto de partida para a imprensa, ou pode ser ainda mais, pode até simbolizar o acontecimento total, como o vídeo repercutido mundialmente da senhora tentando se salvar da enchente no Rio.



       A internet 2.0 provou que esse processo de compartilhamento é irreversível, a opinião e participação geral do leitor está presente na realidade da comunicação. Partindo de uma vertente mais conceitual, antes havia a figura do gatekeeper, o “guardião do portão”, em tradução livre, na mídia tradicional, ou seja, o jornalista decidia se tal informação iria passar e ser publicada. Na mídia online o que conta é o gatewatcher, o público é quem fiscaliza o que a mídia divulga. A abrangência é marcante, assim como o arquivamento na rede, que até onde se sabe, é eterno.

       A grande questão, que transforma este tipo de jornalismo um tanto quanto curioso, é o que leva as pessoas a produzirem esse material jornalístico. É a facilidade? A sociedade que visa cada vez mais a exposição? A sede pela informação?

      Fazer jornalismo é trabalho duro. É preciso formação (apesar disso ser contestado) e experiência. Informação é poder, transforma o mundo, as pessoas, as relações, mas ela também é delicada. Quantos jornalistas vemos serem despedidos diariamente devido a alguma pauta que não deveria ter sido divulgada, como o caso da demissão de Heródoto Barbeiro da TV Cultura, ou por uma informação publicada mal apurada?

        O lado positivo de se produzir o jornalismo cidadão é que o autor não é necessariamente responsável pelo conteúdo que disponibilizou. Ele não tem esse compromisso com a verdade, com a precisão da informação. Só que é preciso distribuir os pesos por igual. Enquanto o jornalismo colaborativo tem uma responsabilidade social menor, ele também não pode sair de sua posição de apoio.

Post: Camila Souza

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Mulheres: Novas Expectativas Pessoais e Profissionais


O crescimento da economia e a melhor distribuição de renda no Brasil contribuíram para o aumento da escolarização de toda a população. Com isso, uma espécie de revolução cultural vem acontecendo no país e, as pessoas estão cada vez mais preocupadas em se qualificar a fim de garantir seu lugar no mercado de trabalho e, levar uma vida mais equilibrada e tranquila.  Prova disso são as transformações que vêm atingindo as classes D e E: estão subindo de posição e o seu poder financeiro vem aumentando gradativamente. Antes, eram vistas como as classes mais precárias, marginalizadas e com poucos recursos. Hoje, se destacam por movimentarem de forma positiva e notável a economia da nação.


Classes D e E ganham cada vez mais espaço no mercado 
Esta revolução também atinge as profissões. A facilidade de acesso à qualificação dos estudos fez com que novas ocupações surgissem e diversas outras caminhassem para uma “quase” extinção, como é o caso da empregada doméstica. Se no passado a maior parte das mulheres via no trabalho doméstico sua única fonte de renda, no presente a realidade é outra. Agora, a preocupação está em se aprimorar e ter uma satisfação pessoal e profissional. Ser independente, feliz na profissão e financeiramente mais poderosas, são os objetivos da mulher brasileira do século XXI.  


Educação construindo o futuro
E isso é uma ótima notícia para o desenvolvimento do Brasil. O país vem se tornando melhor e mais rico com milhões de mulheres dedicando-se a atividades mais produtivas e com maior necessidade de estudo. Aquela empregada que dormia no serviço e se tornava quase uma agregada da família vem sendo substituída por uma mulher mais qualificada, cheia de objetivos e decidida profissionalmente. Esta transição pode ser difícil, mas todos deveriam celebrar a mudança com bastante entusiasmo.
“Eu sempre trabalhei de empregada doméstica. Mas quero mudar de vida. Voltei a estudar e quero terminar o colegial. Graças a Deus, minha filha não seguiu o mesmo caminho: com muito esforço, ela esta se formando em Engenharia este ano. Eu fico muito emocionada com isso.” Eunice Franco, 53 anos, empregada doméstica.


Mulheres independentes e mais realizadas
Sendo assim, esta nova realidade representa um progresso não apenas econômico, mas também social para o país. Pode ser um pequeno passo diante dos olhos de quem a vê, mas um grande passo para que as sente! Enfim, funções como a de uma empregada doméstica ficarão cada vez mais difíceis de serem encontradas. E agora, como viver sem elas?

Post: Talita Salles

Como Viver Sem Elas


       Com o sumiço dos serviços de empregadas domésticas, dividir as tarefas com os filhos mais crescidos virou uma necessidade, além de ser uma forma de prepará-los para as responsabilidades que terão na vida adulta. Essa iniciativa pode começar desde cedo, e entra na questão de como educar os filhos.
       Um exemplo dessa mudança de postura em relação ás crianças é a empresária Simone Simões, que mora em Peruíbe, litoral de São Paulo. Sem doméstica em casa, ela organizou os afazeres para que cada membro da família ficasse responsável pela arrumação de seu próprio quarto, seu marido faz as refeições e cuida dos cachorros e ela faz a limpeza de casa durante a semana. ‘’Limpo um cômodo por dia, assim consigo ter tempo para outras coisas’’, afirma.
       Alternativas também estão crescendo no país, as creches que ficam abertas das 7 às 19 horas (ou até mais tarde se os pais precisarem) e não emendam feriados, como a AmorPerfeito, em São Paulo. E há também o personal-chef, como o  Bruno Garin, especialista em cozinha contemporânea. Bruno vai às casas, prepara pratos saborosos e deixa a cozinha limpa ao sair. Tudo que uma família que tem uma rotina corrida precisa.
O chef  Bruno Garin em atividade

Dicas práticas para manter a casa em ordem

           Mantenha só um copo, um prato e um jogo de talheres para cada morador da 
           casa.
E assim evite chegar nessa situação...
      Contrate uma cozinheira para fazer pratos congelados. Em um dia, ela prepara e congela a comida para a semana toda.

Economia e praticidade mesmo sem empregada
      Pijamas, toalhas e lençóis não precisam ser passados, se secarem em uma secadora ou se pendurados no varal sem amassar.

Post: Suelyn Magalhães